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Foto do escritorDaniel Mattos

A "revolução" dos sensores hápticos

Na última publicação aqui no blog, falei exclusivamente sobre o DualSense, controle do Playstation 5 que está prometendo revolucionar no quesito feedback tátil em seus jogos. O controle virá com sensores hápticos que prometem dar feedback tátil ao jogador de acordo com o que ele está fazendo no jogo de maneira nunca vista antes em nenhum Playstation. Se quiser saber mais sobre, clique aqui para ler a publicação.

Hoje, nessa postagem, quero fazer um paralelo ao DualSense e mostrar para vocês um outro video games e um gadgets que usam dessa tecnologia inovadora. De antemão já posso te dizer que é tudo impressionante, mas logo agora no começo quero deixar a seguinte questão no ar: os sensores hápticos vão mesmo revolucionar a maneira de jogar?


Vamos começar com ele, o último console lançado pela Big N: o famoso Nintendo Switch. Os controles do console, conhecidos como Joy-Cons, vem equipados com uma tecnologia entitulada HD Rumble. O HD Rumble trata-se da combinação entre um câmera infra vermelho e sensores de vibração que permitem um feedback tátil muito preciso ao jogador.

Um dos jogos exclusivos do console e que mais faz uso da tecnologia é o 1, 2 Switch. Esse game trata-se de uma coletânea de mini party games bem variados e que exploram ao máximo e de forma muito criativa os recursos do console e do controle. Nele temos jogos, de ordenhar vaca, sacar uma pistola num duelo cowboy, comer sanduíche, parar uma espada com as mãos, etc. Em cada um desses jogos o controle dá uma resposta háptica diferente ao jogador. Outros títulos que usam do HD Rumble são Mario Kart 8 Deluxe e Mario Odyssey. Neles os sensores hápticos funcionam em determinadas ações do jogo que servem para dar feedback ao jogador mas, diferente do 1, 2, Switch, não é essencial para o jogo.


Agora vamos falar de algo ainda mais diferenciado: o Teslasuit. Teslasuit é um projeto desenvolvido por uma startup chamada Tesla Studios. O projeto consiste num traje com diversos sensores eletromagnéticos espalhados por toda sua extensão e que possibilitam ao jogo dar feedback tátil ao jogador em todo se corpo. A proposta é que este seja um possibilitador de uma imersão ainda mais rica em jogos de realidade virtual. Até o presente momento, o VR consegue nos fornecer imersão visual e sonora, mas o tato ainda é um caso a ser explorado nos jogos e é isso que o Teslasuit está se propondo a fazer.

O traje possui sensores que podem vibrar em diferentes intensidades, possibilitando a criação da sensação de algo forte batendo no corpo ou até mesmo de um vento. Além disso, o traje pode simular temperaturas ao usuário, indo de 40°C a -10°C para incrementar ainda mais a imersão.

Tanto o DualSense, quanto os Joy-Cons e o Teslasuit são projetos inovadores e incríveis. Ao ler sobre, acredito que qualquer um sinta a vontade imediata de testar para saber como é. Eu particularmente não duvido que tudo que eles prometem oferecer seja verdade e, testar pela primeira vez, deve ser realmente incrível. O problema é: e depois da primeira vez? E depois que deixa de ser novidade? Será que a tecnologia é impressionante por si só ou será que ela realmente diverte o usuário e provoca no mesmo a vontade de repetir a experiência.

Como já relatei no post anterior, o DualShock 4 (controle do PS4) teve tecnologias implementadas que acabaram não sendo exploradas pelos desenvolvedores. Não porque não funcionavam, mas porque não agregavam, não despertaram interesse no usuário. A implementação dessas tecnologias em determinados games servia mais para mostrar que essa existia do que para enriquecer a experiência de jogar e, sinceramente, parece ser exatamente isso que o 1, 2 Switch faz. Não estou dizendo que o jogo é ruim, mas estou dizendo que há uma grande chance da pessoa jogar, se impressionar, mostrar para os amigos e depois guardar na estante para sempre e nunca mais tocar. O mesmo vale para o Teslasuit. A tecnologia é realmente incrível mas será que ela vai mesmo prender os jogadores ou vai ser só uma demonstração de seu poder?

Meu ponto aqui é, as tecnologias são impressionantes mas sua implementação nos jogos deve ser para que estas contribuam com os jogos e não para apenas mostrar que existem. A realidade é que, até hoje, jogamos video game sem esse recurso e, para falar a verdade, este não nos faz falta. Isso não quer dizer que não o queremos mas sim que, caso este não seja realmente incrível, nós vamos testá-lo e, em seguida, abandoná-lo e voltar a jogar da forma que sempre jogamos.

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